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quarta-feira, 9 de junho de 2010

Percorrendo a cidade com Cesário Verde

Estou sentado numa esplanada em plena Lisboa, rica, cinzenta, degradada, apreciando a melhor vista do rio Tejo. Ao fundo, um barco dá entrada no rio, avisando da sua chegada com um ruído alto e desafinado. Levanto-me e, ao percorrer as ruas de Lisboa, um agradável cheiro invade-me a mente, ocupando-se da minha boca e permanecendo ali quente e húmido, como um leve toque da brisa de Verão. Misturado com esse toque, vem também todo o sonho de uma Primavera florida e vistosa. As cores quentes e agradáveis das folhas de Outono e a fria e leve brancura do Inverno.
Nesta grande cidade tudo se movimenta, espalhando o seu aroma pelos ventos da tarde. Ao fundo da rua, um grupo de raparigas, alegres, bonitas, pouco humildes mas bem vistosas, passa depressa pelos jardins de rosas e margaridas macias. Por detrás delas as pequenas casas em redor da cidade começam a adormecer, ficando escondidas do sol pelas grandes torres que se erguem ao fundo, sólidas e escuras. É altura de voltar a casa, para o meu ambiente seguro e quente, onde paira a leveza de uma música calma vinda da televisão ao fundo da sala.

Joana Amaro 11ºE

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